segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ser Zen...


Ser zen, não é ficar numa boa o tempo todo, de papo para o ar, achando tudo lindo sem fazer nada.
Ser zen é ser activo! É estar forte e decidido! E caminhar com leveza, mas com certeza. É auxiliar quem precisa, no que precisa e não no que se idealiza.
Ser zen é ser simples. Da simplicidade dos santos e dos sábios. Que não precisam de nada. Nada mais que o necessário. Para o encontro, a comida, a cama, a diversão, o trabalho.
Ser zen é fluir com o fluir da vida. Sem dramas, nem complicação. Na hora de comer come comendo, sem ver televisão, sem falar o desnecessário.

Sentir o sabor dos alimentos, a textura, o condimento.
Sentir a ternura (ou não) da mão que plantou e colheu...
Da terra que recebeu e alimentou, do sol que deu energia, da água que molhou, de todos os elementos que tornaram possível um pequeno prato de comida à nossa frente.
Sinta gratidão, não desperdice...
Coma com alegria. Beba para satisfazer a sede! Agradeça e lembre-se de onde vem e para onde vai.
A chuva, o sol, o vento, o guarda, o policia, o bandido, o juiz, a feiticeira, o padre, o bancário e o banqueiro, o servente e o criado, a médica e o doutor, o enfermeiro e o doente, a doença e a saúde, a vida e a morte, a imensidão e o nada, o vazio e o cheio, o tudo e cada parte.
Ser zen é ser livre e saber os seus limites.
Ser zen é servir, é cuidar, é respeitar, compartilhar.
Ser zen é hospitalidade, é ternura, é acolhida.
Ser zen são os nossos sonhos, as nossas fantasias, as nossas dores, as nossas alegrias, é morrer.
Morrer para a dualidade, para o falso, para a mentira, para a iniquidade.
Ser zen é renascer a cada instante. Na flor, na semente, na barata, no bicho do livro na estante.
Ser zen é jamais esquecer um gesto, um olhar, um carinho trocado no presente-futuro­passado.
Ser zen é Ser Tempo.
Ser zen é Ser Existência...


(adaptado do texto da Monja Coen)

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