quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O tempo em Hong Kong

Nunca me canso de olhar à minha volta e sentir-me feliz por aqui viver. Todo este movimento, as luzes, as lojas, as cores, os cheiros...
Vivo e trabalho há muitos anos em Hong Kong, que é um gigantesco cocktail de culturas, onde impera a austeridade chinesa, que, embora coopere com a herança britânica, não separa o Oriente do Ocidente.
Apesar da aparência ocidental dos prédios e da sofisticação das vitrinas nos arredores da baía Victoria, Hong Kong tem uma alma oriental. Isso fica explícito nas sampanas, (tradicionais barcos chineses), na baía de Aberdeen, e nos mestres de feng shui, que continuam a opinar sobre a localização e a decoração de prédios e casas.
E não são apenas os arranha-céus ou a economia mais liberal do Mundo que espantam e seduzem os milhares de visitantes anuais desta cidade chinesa.
As crenças, os deuses e as superstições, continuam a marcar profundamente a vida dos habitantes locais, apesar da vertigem quotidiana dos chuppies (yuppies chineses): copo de café numa mão, jornal na outra, auricular no ouvido, PC a tiracolo e o pequeno-almoço num saco de papel a caminho do trabalho.
Mas o que me faz escrever, é a minha preocupação com o próximo tufão. Sim, porque ainda continuamos em época de tufões. Este último, ficou registado na minha máquina fotográfica o caos da sua passagem. Muitas ruas e estradas ficaram intransitáveis e a cidade torna-se num pandemónio de trânsito parado, pessoas a correr, entre outras confusões próprias do tufão e das consequentes chuvadas. O comércio também foi atingido, como mostra a foto. 
Há quem diga que já não há tufões como os de antigamente, mas o que é facto é que está um tufão a aproximar-se e que depois traz imensa chuva e as malfadadas inundações.
Este clima é péssimo! É um verão sempre abafado, húmido e de repente, caem cargas de água sem se esperar. Eu, particularmente, acho muito difícil “ler” o céu de Hong Kong. É muito diferente do que estamos acostumados na Europa. Aquele típico céu cheio de nuvens escuras, que conhecemos desde crianças, como sendo um claro sinal de que a chuva está a caminho, não significa nada aqui. Muitas das vezes reparo que no céu, as nuvens escuras estão lá, o ventinho sopra, espero a chuva, previno-me com o chapéu, mas ela não vem. De repente, as nuvens são levadas pelo vento, e quem aparece é o SOL! Ou outras vezes, o céu continua escuro durante algumas horas, porém, nada de chuva.
Mas agora já não tenho dúvidas, como o tufão se aproxima, mesmo que não atinja Hong Kong, vai trazer na certa chuva, muita chuva mesmo!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Coisas estranhas da moda

As estrelas das séries de tv norte-americanas, juntaram-se em Los Angeles para a entrega dos Emmy Awards.
Lindas, elegantes, a moda ditou as regras e uma multidão acotovelava-se para ver as vedetas. Todas as famosas ambicionam ser as mais bem vestidas das cerimónias de prémios.

No desfile uma das cores mais clássicas e dominante, foi o vermelho. Por ali desfilaram todos os estilos, pela passadeira igualmente vermelha, a caminho dos Emmy's...
Porém, não basta ser rica e famosa, o gosto também conta e por isso não se pode nem deve seguir apenas e só o que a moda dita.

Na noite da distribuição de prémios, há sempre quem não acerte na melhor escolha do vestido ou dos acessórios e por isso há também as “10 mal vestidas”,
Não é que os vestidos não sejam lindos - até porque na sua maioria, são peças de alta-costura, bastante requintadas – simplesmente, não são os mais indicados para a famosa, que os escolheu.
Umas, porque aquela roupa transportava para o imaginário escolar de um baile de finalistas por ter bordados, tule e fitas em cetim. Outro, porque o vestido da actriz tinha brilhantes encrostados nos folhos de tule que não a favoreciam mesmo nada.
Outra ainda, porque o corte direito não era o mais adequado para ela.
Fulana, usou um vestido lilás, coberto de folhos, que estava incompatível com o cabelo apanhado... e por aí fora.
Enfim, não basta gastar fortunas nos costureiros afamados, ser bela, famosa, ainda passam por ser eleitas "mal vestidas", se não estiverem no "tom" que a moda dita.
Atriz sofre!!

                                       O fenómeno das "STREET STYLE"
                                         Pessoas vulgares hoje, celebridades amanhã...

Os ditadores da moda andam ao rubro! Os blogueiros da moda, andam pelas ruas, a fim de captar com a sua máquina fotográfica, pessoas anónimas com estilo, para saber o que elas usam. Se seguem a moda ou não, como combinam as peças/acessórios e como andam vestidas no seu dia a dia.
Procuram raparigas “normais” com looks que tenham bom gosto e cujo estilo chame a atenção, seja por se vestirem de forma atrevida, ou por transmitirem elegância, ao saber combinar a moda, com as suas  próprias possibilidades (em relação ao corpo, etc…)
Depois, colocam essas fotos nos seus blogues, onde muitos estilistas procuram inspiração. A este fenómeno dá-se o nome de “street style”. As cifras de dinheiro que se movem no mundo da moda são bastante elevadas, quanto maior for o tema popular ou exclusivo.
O “street style”, é um emaranhado de marcas, empresas e editoriais, graças a pessoas desinteressadas de todas as partes do mundo, que fazem todo este trabalho apenas por uma questão de ter muitos admiradores que acessam aos seus blogues.
Mas os “falcões da moda” estão atentos, e é ali que se vão inspirar, usando as ideias e o gosto das aspirantes a modelos, conhecidas agora como “street style”, e são eles, os estilistas, que acabam por alcançar a fama e cifras respeitáveis no mundo da moda.
O site Fashionista (http://fashionista.com/2010/07/most-influential-street-style-bloggers/) fez um ranking dos actuais blogs de street style, e a maioria cita Scott Schuman e Garance Doré como referências, o que demonstra que, afinal, o que se usa nas ruas, é que são uma eterna fonte de inspiração…

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sobrancelhas! O que se usa?

Sobrancelhas! Qual a tendência para este outono? Mais grossas - mas não selvagens - as sobrancelhas assumem esta estação um forte protagonismo: influência do estilo masculino que invadiu muitas passerelles.
A grande moda são as sobrancelhas mais a direito, mas se as suas não são naturalmente assim não tem de as submeter a essa forma: o importante é que lhe fiquem bem e se integrem harmoniosamente nas suas feições (afinal, não é obrigatório adoptar todas as tendências...). Mas se puder espessá-las um pouco com a ajuda de sombra, perfeito.
As sombras específicas para sobrancelhas são o ideal: as suas fórmulas agarram melhor e mais duradouramente aos pelos do que as sombras de olhos, e permitem um resultado mais natural do que o lápis - sobretudo quando a ideia é espessá-las e não escurecê-las.
Uma pele perfeita, um bom gosto extremo e uma maquilhagem que se funde tão naturalmente na pele que parece que já se nasceu assim. Nada é em excesso: a tez é aveludada mas não demasiado mate, a boca é levemente rosada, as sobrancelhas são cuidadas e os olhos realçados com sombras e liners de tons neutros, por vezes outonais, mais num jogo de luz e sombra do que para dar cor.
Visuais impecáveis e simples, mas que exigem algum empenho: porque embora não se note a maquilhagem, ela está lá e sem ela não se consegue o mesmo efeito.
               
Maquilhagem Shiseido por Dick Page

"As sobrancelhas são a moldura do rosto," diz Dick Page. "Para visualizar a sua importância, observe um mesmo quadro com molduras diferente... convincente, não é?
É habitual apreciar-se uma forma de sobrancelhas segundo critérios quase antropomórficos. Na minha opinião, todas as formas são possíveis e basta muito pouco para as disciplinar.
Comece por penteá-las em todas as direcções e determine, olhando-se ao espelho, aquela que lhe parece mais natural. Corte com uma tesourinha a extremidade dos pelos que ultrapassam a linha inferior e retire com uma pinça os pelos isolados.
Mantenha um pouco de anarquia na sua organização, o que dá energia ao rosto."

SABIA QUE...
No Japão, o cuidado das sobrancelhas é uma verdadeira disciplina que requer material próprio e destreza. Em vez da pinça para depilar, as japonesas usam umas lâminas que existem em tamanho mini para este efeito. As sobrancelhas são talhadas com tesouras (igualmente em formatos próprios) para lhes dar uma textura uniforme que se torna fácil de maquilhar, na maioria das vezes com um lápis, antes de serem escovadas. Se observar uma japonesa verá que, embora a linha das suas sobrancelhas seja precisa, tem sempre um pouco a suavidade de uma aguarela.

sábado, 17 de setembro de 2011

Seja optimista!

Quando as notícias são desanimadoras e toda a gente parece ter motivos para se queixar, é preciso alimentar uma forma mais positiva de olhar para a vida.

Afinal, o que é o optimismo?
Podemos começar por explicar o que não é. Não é acreditar que vai casar com o George Clooney ou que lhe vai sair o euromilhões. Não é sinónimo de irrealismo ou de fuga à realidade. “É uma forma de sentir e de pensar que nos ajuda a utilizar judiciosamente as nossas próprias habilidades e os recursos do meio envolvente e a lutar contra as adversidades sem nos desmotivarmos”, explica Luís Rojas Marcos, autor do livro “A força do Optimismo” (Esfera dos Livros). No fundo, é acreditar que, apesar do mundo não estar livre de adversidades e de problemas, somos capazes de lidar com eles, graças às nossas capacidades, e de obter resultados positivos, seja em termos pessoais ou profissionais, em tempo de abundância ou de crise.
Os estudos indicam que nem o sexo, nem a idade, nem o nível sócio-cultural ou a inteligência influem nesse estado de espírito. Por um lado, é preciso contar com o factor genético, por outro, com o ambiente em que se cresceu – pais optimistas têm mais probabilidades de terem filhos optimistas – e, claro, com a personalidade. Mas mesmo quando estes factores estão contra si, só tem a ganhar se mudar de postura e deixar o pessimismo na gaveta.
Porquê ser mais positiva?
*Proporciona uma vida mais calma.”As perspectivas optimistas facilitam a estabilidade, enquanto as posturas derrotistas fomentam os conflitos “, salienta Luís Rojas Marcos. Isto significa que se tem por hábito desconfiar do mundo e dos outros em geral, inconscientemente vai partir para as suas relações com uma postura mais defensiva aberto e pronta a encontrar defeitos. Resultado? Ataca em vez de tentar compreender, desconfia de quem se tenta aproximar, inicia uma relação a pensar desde logo que está condenada ao fracasso. E está provado que as nossas convicões têm grande tendência para se concretizarem.
*Ajuda a alcançar os nossos objectivos.Segundo o psicólogo americano Martin Seligman, os optimistas tendem a ser mais persistentes e conseguem atingir os seus objectivos apesar das dificuldades, enquanto os pessimistas tendem a desistir mais facilmente porque não têm esperança de conseguir chegar lá.
*Menos stress e doenças.Os níveis de ansiedade, bem como a ocorrência de esgotamentos e depressões, são muito mais reduzidos em pessoas que estão de bem com a vida. Alem disso, diversos estudos já provaram que os pessimistas mantém a saúde por menos tempo e morrem mais cedo do que os optimistas, isto porque o stress debilita o sistema imunitário e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
*Alcança uma vida social e emocional mais satisfatória,inclusive relações que duram mais tempo, pois não há uma cedência logo às primeiras dificuldades. Ter uma visão optimista significa maior abertura para olhar os problemas e tentar resolvê-los, em vez de pensar “não vale a pena, é um caso perdido.”
*Ser mais feliz.As pessoas optimistas apreciam muito mais a vida, porque não estão focados nos problemas, mas no lado bom da existência. Vivem e apreciam o momento presente e não se deixam levar por angústias relativas ao que sucederá no futuro. Uma promoção no emprego, por exemplo, é para ser celebrada e encarada como uma possibilidade de êxito e não para ser alvo de pensamentos do estilo “será que vou ser capaz de estar à altura das novas responsabilidades?”
Como cultivá-lo
*Não olhe para o passado com amargura:“uma visão favorável do passado aumenta a nossa auto-estima e predispõe-nos para acreditar no presente e no futuro; pelo contrario uma perspectiva negativa das nossas acções passadas pode impregnar de lamentos o nosso dia-a-dia”, salienta Luís Rojas Marcos. Por isso, valorize essencialmente as boas recordações, os êxitos e as relações gratificadoras que teve e lembre-se que as experiências do passado, mesmo as menos boas, são uma arma para enfrentar desafios futuros.
*Não se culpe constantemente:“os optimistas consideram-se mais frequentemente isentos de culpa pelos seus erros”, frisa Luís Rojas Marcos, além de saberem que, de acordo com as circunstâncias, fizeram o seu melhor. Por isso, tente aceitar e relativizar aquilo que considera fracassos pessoais.
*Evite pensar que uma desgraça vem sempre para ficar:“as pessoas optimistas, quando são atingidas por alguma adversidade, costumam pensar que é uma desventura temporária; os pessimistas tendem a pensar que os efeitos são irreversíveis e os danos permanentes”, explica Luís Rojas Marcos. Isso cria uma sensação profunda de infelicidade, quando na realidade sabemos que as situações menos boas são, por norma, transitórias.
*Aprenda a valorizar-se: quando alguma coisa boa lhe acontece, não diga que “teve sorte”. Antes aprenda a reconhecer que isso é fruto do seu mérito. Lembre-se que, como realça o psicólogo, “os pessimistas não se acham merecedores de algo positivo e por isso não valorizam as suas capacidades”.
*Adopte um estilo de pensamento positivo.Por exemplo, não veja sempre o lado mau de uma situação ou o seu eventual desfecho. Inicialmente, terá de se forçar a fazê-lo, o que lhe pode soar artificial, mas com o tempo vai mudar o seu padrão de pensamento.
*Cuidado com o anti-optimismo. O mais comum é pensar-se “se me deixo levar pelo optimismo de certeza que me desiludo”. Ser optimista não lhe tira as defesas contra eventuais desilusões, antes torna mais fácil aceitá-las.
*Não confunda com falta de sensatez“O pensamento positivo é congruente com a vontade de viver e com a capacidade de avaliar com sensatez as vantagens e desvantagens das decisões”