domingo, 27 de outubro de 2013

Recordando Michael Jackson

Hoje, dia cinzento, deu-me uma enorme nostalgia e apeteceu-me passar a tarde a ouvir música. Escolhi algumas composições do Michael Jackson e ali fiquei deliciada a ouvi-lo e a pensar que, aos 50 anos, o rei da pop, deixou de cantar e dançar para o mundo. Cedo demais!
Em jeito de "crónica de uma morte anunciada”, a grande estrela da música do século XX, partiu a 25 de Junho de 2009 e já lá vão quatro anos. Como o tempo passa rápido...
Ele que teve o mundo o mundo nas mãos, tem agora o mundo aos seus pés. Legiões de fãs continuam a prestar diversas homenagens ao cantor excêntrico, polémico, com medo de envelhecer e eternamente preso a uma infância (que não teve) entregue à música.
Desde que morreu que as vendas de tudo o que esteja associado ao seu nome disparam a 210% (dados oficiais)...
Michael Jackson tem "renascido das cinzas", e a sua morte já o projectou para onde ele nunca conseguiu chegar em vida, graças a tantas polémicas, histórias e escândalos bizarros.
Polémicas à parte, foi um grande artista. Dos maiores. Marcou uma geração e deixa a sua marca em qualquer canto do mundo. Será lembrado pelos escândalos, pelas histórias, pelas polémicas, pela identidade que nunca desenvolveu. Será principalmente lembrado pela sua música, pelos seus movimentos quase impossíveis de copiar. Pelo seu sucesso.
Foi rei! E na música sempre o será.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Dia Mundial da Alimentação

Em pleno século XXI é escandaloso que haja fome por esse mundo, principalmente nos países de recursos ricos naturais, que a cobiça dos homens não deixam medrar.
Este ano, o evento de comemoração acontece à sombra de novos dados que apontam um total de 842 milhões de pessoas cronicamente famintas.
O dia 16 de Outubro foi escolhido pelas Nações Unidas como Dia Mundial da Alimentação e a cada ano, um novo tema é selecionado com o objetivo de chamar atenção do Mundo para questões importantes, envolvendo a segurança alimentar e nutrição.
O assunto escolhido foi "Sistemas Alimentares Saudáveis" e propõe uma análise aos impactos dos sistemas alimentares, para o meio ambiente, ou seja, da plantação à colheita, do processamento às embalagens, do transporte até as prateleiras de comercialização, a comida que chega às nossas mesas, passa por diversas fases, muitas das quais afecta o planeta.
A fome não é causada porque o mundo não pode produzir alimentos suficientes, pois a terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira.
A fome não é devida ao facto de que somos “demais” como muitos querem fazer crer, uma vez que países muito populosos, como a China, onde todos os habitantes têm, todos os dias, pelo menos uma quantidade mínima de alimentos e países muito pouco habitados, como a Bolívia, onde os pobres padecem fome!
O mundo tem muita terra cultivável, mas que, infelizmente, são cultivadas, muitas vezes, para fornecer alimentos aos países ricos!
Por isso as causas da fome no mundo são várias, não podem ser reduzidas a uma só, entre elas as monoculturas, diferentes condições de troca entre vários países, das multinacionais, da dívida externa, de conflitos armados etc.
As medidas de austeridade em Portugal, deixaram um cenário negro nos anos futuros devido aos novos e impiedosos cortes em serviços públicos e apoios sociais, que certamente não atenuarão as fragilidades económicas e sociais das famílias e muito menos o empobrecimento de uma população esgotada e delapidada da sua própria dignidade por um Governo que corta violentamente na Educação e na Saúde, entre outros, deixando o país numa fragilidade ainda maior e à mercê de gulas estrangeiras.
Só mesmo a persistência, por mais simbólica que seja, em assinalar ou celebrar dias como o de hoje, para alertar consciências, porque os políticos preocupam-se mais com o lucro do que com a situação dos cidadãos. A fome e a miséria é a ruína e a destruição das sociedades, que meia dúzia de “tubarões” controlam na ganância do poder e da riqueza fácil.

sábado, 5 de outubro de 2013

EUTANÁSIA

Voltei a ver um dia destes mais um programa sob a eutanásia, o que me deixa sempre deprimida, mas que afinal, ficamos a perceber (e a saber) do sofrimento de algumas pessoas, que ficam anos e anos confinados a uma cama, alimentados por mãos que não são as suas, que respiram um ar que não é o seu e estão num constante sofrimento no corpo e na alma.
O homem é o único ser vivo que reflecte sobre a sua própria morte. E a eutanásia é uma forma de apressar a morte, sem dor ou sofrimento.
A acção é praticada com o consentimento do doente e da família, mas divide opiniões quando se levanta a questão de que ninguém tem o direito de tirar a vida alheia e de que os médicos trabalham com o objectivo de zelar pela vida e não para tirá-la.
Mas para alguns a eutanásia é a resposta correcta para o sofrimento insuportável das pessoas que, tendo doenças incuráveis e numa fase final da sua vida, entendem não querer continuar a viver .
E é aqui que entram os debates, porque a eutanásia inclui sempre o acto de provocar a morte numa pessoa gravemente doente, embora não queira dizer “matar”, mas sim “deixa-me partir e acabar com este sofrimento”.
. Na maioria dos países, excluindo o suicídio por motivos políticos ou religiosos mais extremistas, é consensual que o suicídio não deve ser encorajado, devendo-se proteger o indivíduo de causar a morte a si próprio. Afinal, por que é que não existe consenso à volta da eutanásia?
Sou a favor da liberdade individual. E sou a favor da vida. Da vida que pode ser vivida enquanto vida. Da vida que nos permite ser gente até ao fim. Será vida uma pessoa estar ligada a uma máquina e viver de forma vegetativa?
Cultural e moralmente falando, Portugal não está pronto para o referendo. Não podemos pedir aos portugueses que digam sim ou não, quando para muitos eutanásia é sinónimo de matar em jeito de homicídio. Se não estamos prontos para um referendo, estaremos com certeza prontos para investir na saúde dos nossos. Se não queremos "ajudar a morrer", temos de querer melhorar a resposta aos doentes terminais. Mais serviços de cuidados paliativos.
Sou a favor de uma análise cuidada e precisa da consistência de cada pedido de ajuda. Da procura de respostas que minimizem o sofrimento. Sou a favor da dignidade da vida, mas não a uma vida que passou a ser uma morte antecipada e dolorosamente prolongada pela ética.