terça-feira, 26 de junho de 2012

Manteiga ou Margarina?


Quantas vezes ficamos a olhar para a prateleira das manteigas, na dúvida qual a que pode ser a melhor para a nossa mesa, sem prejudicar a saúde?
Ouvimos tanto blá blá, sobre a manteiga, que tem gordura, que é prejudicial, que é necessário consumir menos gordura e por isso, muitas pessoas compram MARGARINA, pensando ser esta, a melhor escolha.
Com tanta informação que dispomos hoje em dia, como é possível as pessoas ainda acreditarem em tal produto? O facto, é que a indústria, em colaboração com os mídea, que, ligados à ciência médica, afirmam que a margarina é um alimento benéfico à saúde, por proteger o coração, baixar as taxas do mal fadado colesterol (um elemento gordo do nosso sangue, incrivelmente demonizado, para publicitar o capitalismo científico) e outras benesses, fazendo com que este produto, praticamente não alimentar, esgote as prateleiras dos supermercados?!

Em primeiro lugar deve ficar claro que a invenção da margarina, não se deve à preocupação de encontrar um substituto mais saudável, que a multissecular manteiga, (que é feita apenas de leite batido, até ficar cremoso e um pouco de sal), mas sim, devido a uma crise económica em meados do século XIX (1869), onde começou por ser feita uma mistura comprimida de gordura do sebo de vaca, leite desnatado, mais as partes menos nobres do porco e da vaca e finalmente, bicarbonato de soda. Em1890, uma empresa americana começou a vendê-la em pacotes…

Os componentes da margarina têm sido modificados com o passar do tempo, mas foi principalmente após a progressão da indústria química alimentar, que iniciou uma “guerra santa” contra a gordura saturada e aos produtos de origem animal, que a margarina ganhou a composição mais próxima da actual, baseando-se em extractos oleaginosos vegetais.
O seu processo actual, inclui o uso de solventes de petróleo (geralmente o hexano, que é bastante barato), ácido fosfórico, soda, que resulta numa substância castanha e mal cheirosa, que sofre novo tratamento com ácidos clorídrico ou sulfúrico, feito em altas temperaturas e catalisação com níquel, que deixa o produto parcialmente hidrogenado. Fica assim com uma textura firme, mesmo à temperatura ambiente, que não rança, não gere fungos, não é atacado por insectos ou roedores. Enfim é um não-alimento!

O processo todo acaba por formar uma substância num tipo particular de gordura chamado "trans", insólita na natureza e de efeitos nocivos para o homem.
Como é de conhecimento público, o principal predicado da margarina, é ser rica em óleos polinsaturados, que hoje, já se sabe, contribuem para um grande número de doenças no seu humano.

Resumidamente, a margarina, pode estar relacionada com as disfunções imunológicas, danos no fígado, pulmão, órgãos reprodutivos, distúrbios digestivos, diminuição na capacidade de aprendizagem e crescimento, problemas de peso, aumento no risco de cancro, e principalmente: transtornos do metabolismo do colesterol, incremento de aterosclerose e doenças cardíacas. A margarina promove o que ela se propõe a tratar!
A manteiga é a única matéria gorda que dispõe de uma quantidade de vitamina “A” em quantidade razoável. É digerida com grande facilidade, sendo o seu tempo de permanência no estômago, menor que o das outras gorduras. Um consumo diário de 20g de manteiga representa metade do que podemos consumir de gordura saturada.
Por tudo isto, não tenho qualquer dúvida: não há nada mais saudável que a boa e velha manteiga, que acompanha a humanidade há dezenas de séculos, que pode ser feita artesanalmente, no ambiente familiar, e só foi considerada nociva e politicamente incorrecta, após a revolução industrial, que também aqui conseguiu deformar nosso entendimento de saúde e bom senso.

NOTA:
A margarina não é o único produto de supermercado a conter quantidade significativa de gorduras “trans”. Qualquer “alimento” que tenha as palavras “hidrogenado” ou “parcialmente hidrogenado” no rótulo, contém gorduras “trans” e deveria ser evitado.
Saber mais:
 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Fernão Capelo Gaivota

Já leu este livro? É de Richard Bach que tem o extraordinário dom da escrita. Os seus livros são de leitura fácil, absorventes mas muito fortes. Possuem várias mensagens, francamente possantes e este, não é excepção, por ser uma excelente parábola que faz uma analogia entre o homem e a gaivota, no sentido de mostrar as dificuldades de superação dos limites, do encontro com a liberdade
verdadeira, pautada no amor e na compreensão do outro.
A maior parte das gaivotas não se querem incomodar em aprender mais do que os rudimentos do voo, como ir da costa caçar a comida e voltar.
Para a maior parte das gaivotas, o que importa não é saber voar, mas comer, (como de resto a maior parte dos seres humanos). Porém, para esta gaivota, o mais importante não era comer, mas sim voar, saber mais, conhecer para “além”.
Mais que tudo, Fernão Capelo Gaivota adorava voar! Mas, como veio a descobrir, esta maneira de pensar e de ser diferente não o fazia muito popular entre as outras aves, em especial dos "chefes do bando" que o obervavam desconfiados (tal como na nossa sociedade, alguém que se atreva a ser mais esperto e melhor que os demais).
Até os próprios pais se sentiam desanimados ao verem que Fernão passava os dias sozinho, a experimentar, a cogitar, fazendo centenas de voos.
Não sabia porquê, mas, por exemplo, quando voava sobre a água a uma altitude inferior ao comprimento das suas asas abertas, conseguia manter-se no ar durante mais tempo e com menos esforço. Os seus voos não acabavam com o habitual mergulhar de patas abertas no mar, mas com um pousar leve, de patas bem unidas ao corpo. Quando começou a pousar em pé sobre a praia e depois a medir o comprimento da aterragem, os pais ficaram deveras preocupados.
-“Porquê? Fernão, porquê? - perguntava-lhe a mãe - Por que não podes ser como o resto do bando? Por que não deixas os voos rasos para os pelicanos e para o albatroz?”
Por que não comes? Filho, és só penas e osso!
- “Não me importo de ser só penas e ossos, mãe. Só quero saber aquilo que consigo fazer no ar, e o que não consigo, mais nada. Só quero saber. 
-“Ouve lá, Fernão - disse-lhe o pai com bondade - O Inverno aproxima-se, haverá poucos barcos e o peixe das superfícies irá para zonas mais profundas. Essa história dos voos está muito bem, mas sabes que não te podes alimentar só disso. Se tens mesmo de estudar, então estuda a comida e a forma de a conseguir. Não te esqueças que a razão por que voas é a de comer.”
Fernão baixou a cabeça, obediente. Durante os dias seguintes tentou comportar-se como todas as outras gaivotas, tentou mesmo a sério, disputando com o resto do bando a comida dos pontões e dos barcos de pesca, mergulhando para apanhar pedaços de peixes e pão. Mas não conseguiu.
-"É tão inútil", pensou, deixando cair deliberadamente uma anchova, que lhe custara bastante a apanhar, aos pés de uma velha gaivota que o perseguia. Poderia ter passado todo este tempo a aprender a voar...E há tanto para aprender!”
Esta é uma história envolvente, com uma mensagem cheia de optimismo para todos os que leiam este livro: podemos “voar” mais alto, nem que seja a sonhar e se podemos sonhar, podemos realizar.
Um livro encantador, com um leve sabor a mar, ao verde da terra e ao azul indelével do céu. E por ser tudo isto e por nos transmitir uma mensagem que frequentemente esquecemos no dia-a-dia (e que agora nos faz recordá-la e reflectir sobre ela), é que recomendo com prazer a leitura deste livro.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A quarta tecnologia - Fim dos computadores?

Físico prevê o fim dos computadores...
Cientista americano, de renome internacional, projecta o mundo nos próximos 30 anos.
O físico teórico Michio Kaku, professor da Universidade de Nova York e co-criador da "Teoria das Cordas", afirmou que o computador como o conhecemos nos dias de hoje, terá desaparecido em 2020. Michio Kaku lembrou que já presenciamos três "ondas" principais nos avanços tecnológicos em todo o planeta.
A primeira delas, foi composta por motores a vapor (que garantiu a invenção e utilização efectiva das locomotivas mais potentes).
Em seguida vieram a electricidade e os automóveis, permitindo que a humanidade se deslocasse no meio urbano.
A terceira geração da tecnologia, é a que estamos actualmente, com equipamentos de qualidade, que permitem a conexão com outras pessoas em todos os lugares do mundo.
São os smartphones, tablets, microcomputadores e outros modelos electrónicos que podemos considerar como disseminados pela humanidade.
E agora estamos a caminhar em direcção à quarta onda tecnológica.
Qual seria ela? Segundo Michio Kaku, trata-se da biotecnologia, que junto com a nanotecnologia, pode permitir que o futuro da humanidade seja completamente diferente do que muitos esperam.
- “No futuro, eles estarão em todos os lugares e em lugar nenhum”,- afirmou o cientista, durante uma palestra realizada na Campus Party dia 11 de Fevereiro deste ano.
Nessa conferência, Kaku fez um exercício de futurologia, mostrando como será o mundo nos próximos 30 anos.
Segundo ele, tanto os computadores como a internet, serão tão vulgares como a electricidade é hoje.
- “Ambos estarão presentes nos tectos, no subsolo, nas paredes e nos aparelhos”, afirmou.
O professor da Universidade de Nova York foi além de todas as espectativas ao afirmar que a internet estará agregada nos óculos e nas lentes de contacto das pessoas.
-“Num futuro, as pessoas serão capazes de ver todas as informações biográficas de um individuo, só de olhar para ele. E, encontrar a sua alma gémea, será uma tarefa facilitada”, -brincou.

Outra revolução que está a caminho, é na área da medicina.
Kaku afirmou que, em um futuro próximo, a tecnologia levará o homem a um estado perfeito de saúde.
Segundo ele, o cancro irá desaparecer. -"Escrevam isso: a palavra tumor não mais existirá na nossa língua".
Nesta nova visão futurística do físico, as pílulas terão chips e micro-câmeras que fazem um scanner do corpo humano por dentro.
Uma vez localizada a ameaça, os "nano-robôs" serão introduzidos no corpo do paciente para combater o cancro, célula por célula, sem a necessidade de cirurgias ou intervenção directa dos médicos.
Kaku também acrescentou que o cancro e outras doenças serão diagnosticadas com anos de antecedência, graças às sanitas das casas de banho, que passam a monitorizar a saúde.
- “Os banheiros serão equipados com inteligência artificial, capaz de analisar os resíduos corporais e identificar o surgimento de uma doença, com muita antecedência.
-“Neste futuro, Steve Jobs, não teria morrido”, enfatizou – vai por isso haver uma esperança de vida mais longa.”