quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A Infelicidade

Já não se pode ler um jornal sem se ficar deprimido! Folheando quase todas as páginas (exceptuando a página do desporto e dos anúncios) em todas elas vão desfilando títulos e notícias com as palavras "matou", "degolou", "esfaqueou", "agrediu", "roubou", “foi expulsa de sua casa”, etc, etc, não existia uma única notícia positiva naquelas páginas.
Então, sob o risco de ficar com pesadelos resolvi colocar o jornal de lado e peguei num livro, pelo menos dá para viajar num imaginário à minha escolha.
Fico a pensar se é disto que um país como Portugal precisa: de notícias depressivas e negativistas, onde só mora a infelicidade!
Nos telejornais, que eu cada vez tenho menos vontade de ver, a ementa repete-se. Até nos programas da tarde, todas as histórias que nos apresentam são de tristeza e desgraça.
Dá ideia que a infelicidade de um povo, alimenta o ego da generalidade, ou seja, a infelicidade alimenta o ego e a felicidade é basicamente a ausência de ego.
É talvez por isso que as pessoas acham muito difícil vir a ser felizes e assim, milhões de pessoas em todo o mundo decidiram viver na tristeza, porque lhes dá um ego mais cristalizado.
É que a infelicidade atrai as atenções! Porque as pessoas crêem que, ao serem infelizes, recebem a atenção e simpatia dos outros, portanto, recebem mais cuidados, amor… Quem é que tem inveja de uma pessoa infeliz? É por isso, que há um grande investimento na infelicidade.
Ninguém gosta de uma pessoa feliz, os amigos têm inveja e os outros infelizes sentem-se revoltados, por isso é demasiado perigoso mostrar felicidade porque deixamos de fazer parte da massa humana.
E, enquanto a infelicidade continuar a ser uma “virtude”, a felicidade vai continuar a ser considerada uma coisa inatingível e os Mídias continuam a ter muitas desgraças para contar…

Existem três classes de pessoas que são infelizes: 
a que não sabe e não pergunta, 
a que sabe e não ensina e 
a que ensina e não faz.
- Buda

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