domingo, 11 de março de 2012

O acordo ortográfico e o futuro da língua portuguesa…

Que Camões "os" perdoe, porque eu não consigo...

Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e acompanhando a forma como as pessoas realmente falam . Já publiquei um quadro comprativo, neste mesmo blogue (18/11/2011) e sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito.
Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros . 
Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas . 
É um fato que não se pronunciam . 
Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se ? 
O que estão lá a fazer ?  
Aliás, o qe estão lá a fazer ? 
Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade . 
Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra . 
Porqe é qe “assunção” se escreve com “ç” e “ascensão” se escreve com “s”  ? 
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome. Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o “ç”  . 
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o “ç” e o substitua por um simples “s” o qual passaria a ter um único som . 
Como consequência, também os “ss” deixariam de ser nesesários já qe um “s” se pasará a ler sempre e apenas “s” .
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas, designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar. Claro, “uzar”, é isso mesmo, se o “s” pasar a ter sempre o som de “s” o som “z” pasará a ser sempre reprezentado por um “z” .
Simples não é? se o som é “s”, escreve-se sempre com s. Se o som é “z” escreve-se sempre com “z” .
Quanto ao “c” (que se diz “cê” mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de “q”) pode, com vantagem, ser substituído pelo “q”. Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras. Nada de “k” .Ponha um q.
Não pensem qe me esqesi do som “ch” .
O som “ch”  será  reprezentado pela letra “x”.
Alguém dix “csix” para dezinar o “x”? Ninguém, pois não ?
O “x” xama-se “xis”.
Poix é iso mexmo qe fiqa .
Qomo podem ver, já eliminámox o “c”, o “h”, o “p” e o “u” inúteix, a tripla leitura da letra “s” e também a tripla leitura da letra “x” .
Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex .
Não, não leiam “simpléqs”, leiam simplex .
O som “qs” pasa a ser exqrito “qs” u qe é muito maix qonforme à leitura natural .
No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente  .
Vejamox o qaso do som “j” .
Umax vezex excrevemox exte som qom “j” outrax vezex qom “g”- ixtu é lójiqu?
Para qê qomplicar ? ! ?
Se uzarmox sempre o “j” para o som “j” não presizamox do “u” a segir à letra “g” poix exta terá, sempre, o som “g” e nunqa o som “j” .
Serto ?
Maix uma letra muda qe eliminamox .
É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem  !
Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex ?
Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade ?
Outro problema é o dox asentox.
Ox asentox só qompliqam !
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox .
A qextão a qoloqar é: á alternativa ?
Se não ouver alternativa, pasiênsia.
É o qazo da letra “a” .
Umax vezex lê-se “á”, aberto, outrax vezex lê-se “â”, fexado .
Nada a fazer.
Max, em outrox qazos, á alternativax .
Vejamox o “o”: umax vezex lê-se “ó”, outrax  lê-se “u” e outrax, lê-se “ô” .
Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso !
qe é qe temux o “u” ?
Se u som “u” pasar a ser sempre reprezentado pela letra “u” fiqa tudo tão maix fásil !
Pur seu lado, u “o” pasa a suar sempre “ó”, tornandu até dexnesesáriu u asentu.
Já nu qazu da letra “e”, também pudemux fazer alguma qoiza :
quandu soa “é”, abertu, pudemux usar u “e” .
U mexmu para u som “ê” .
Max quandu u “e” se lê “i”, deverá ser subxtituídu pelu “i” .
I naqelex qazux em qe u “e” se lê “â” deve ser subxtituidu pelu “a” .
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex .
Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u “til” subxtituindu, nus ditongux, “ão” pur “aum”, “ães” – ou melhor “ãix” - pur “ainx” i “õix” pur “oinx” .
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de arqaíxmux.
Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu mundu .
Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum ?

GERA-SE A CONFUSÃO:

Se são como eu:
CONTRA O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO?!?!?!
SE SIM, fiquem a saber que EXISTE UMA FORMA DE TRAVAR O ACORDO e ainda podemos ir a tempo. Tudo é possível.
Só temos de fazer duas coisas: dar uma assinatura, e ESPALHAR PELOS AMIGOS. Quer em papel, quer reencaminhando este email. Espalhem por todos os que conheçam a ver se vamos a tempo.
Neste site têm tudo explicado, e links para o site do movimento:
Leiam o site, é rápido. Ele explica o que fazer. E tem links para o movimento. Está tudo escrito.
E POR FAVOR DIVULGUEM ESTE CONTEÚDO!!!
Mesmo que não assinem, ao menos DIVULGUEM, porque o segundo que perdem com o forward, poderá ajudar a nossa língua.  clique: Acordo 
A nossa Língua Materna Agradece!

1 comentário:

  1. O importante é que todos respeitem as diferenças e que ninguém ouse impor regras só porque o difícil comércio das palavras assim o exige.
    Há coisas na vida que não podem ser submetidas aos negócios, por mais respeitáveis que sejam, ou às "leis do mercado". Os afectos não são transaccionáveis. E a língua que veicula esses afectos, muito menos. Provavelmente foi por ter esta consciência que Fernando Pessoa confessou que a sua pátria era a Língua Portuguesa.

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