Paira no ar a corrupção,
Paira em toda a Nação,
Paira em quem tem o Poder,
Paira no egoísmo do ter!
Destrói tudo e faz sofrer,
Destrói todo cada ser,
Destrói País e Nação
Destrói, até, o seu próprio irmão.
É crime na sociedade, destruir a humanidade!
Corrupção é a mais vil acção
Dos corruptos sem perdão.
A corrupção do Poder
Que aos cidadãos faz sofrer,
Sacrifica quem é pobre
De todos, são os que mais sofre.
Mas a força da união,
Uns aos outros, dando a mão,
Vai-se derrubar o Poder
Contra os que nos fazem sofrer.
(Da obra “A Mensagem – Podemos Mudar o Mundo – Chiado Editora)
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domingo, 12 de janeiro de 2014
terça-feira, 30 de julho de 2013
A Crise em Portugal
A situação a que chegámos não foi uma situação do
acaso. A União Europeia financiou durante muitos anos Portugal, para Portugal
deixar de produzir; não foi só nas pescas, não foi só na agricultura, foi
também na indústria, como por exemplo, a indústria têxtil.
Nós fomos
financiados para desmantelar o têxtil, porque a Alemanha queria (a Alemanha e os
outros países como a Alemanha), queriam que abríssemos os nossos mercados ao
têxtil chinês basicamente, porque ao abrir os mercados ao têxtil chinês eles
exportavam os teares que produziam, para os chineses produzirem o têxtil que
nós deixávamos de produzir.
E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades, é uma mentira inaceitável.
E portanto, esta ideia de que em Portugal houve aqui um conjunto de pessoas que resolveram viver dos subsídios e de não trabalhar e que viveram acima das suas possibilidades, é uma mentira inaceitável.
Nós orientámos os nossos investimentos públicos e privados em função das opções da União Europeia: em função dos fundos comunitários, em função dos subsídios que foram dados e em função do crédito que foi proporcionado.
E portanto, houve um comportamento racional dos
agentes económicos em função de uma política induzida pela União Europeia.
Portanto não é aceitável agora dizer? podemos todos concluir e acho que devemos
concluir que errámos, agora eu não aceito que esse erro seja um erro unilateral
dos portugueses. Não, esse foi um erro do conjunto da União Europeia e a União
Europeia fez essa opção porque a União Europeia entendeu que era altura de
acabar com a sua própria indústria e ser simplesmente uma praça financeira. E é
isso que estamos a pagar!
A ideia de que os portugueses são responsáveis
pela crise, porque andaram a viver acima das suas possibilidades, é um enorme
embuste. Esta mentira só é ultrapassada por uma outra: a de que não há
alternativa à austeridade, apresentada como um castigo justo, face a hábitos de
consumo exagerados. Colossais fraudes!!! Nem os portugueses merecem castigo,
nem a austeridade é inevitável.
Quem viveu muito acima das suas possibilidades
nas últimas décadas, foi precisamente a classe política e os muitos que se
alimentaram da enorme manjedoura, que é o orçamento do estado.
A administração central e local enxameou-se de
milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações
fraudulentas e empresas municipais fantasma.
A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que
é a CORRUPÇÃO e os exemplos sucederam-se:
- a Expo 98 transformou uma zona degradada, numa
nova cidade, gerou mais-valias urbanísticas milionárias, mas no final deu
prejuízo.
- foi ainda o Euro 2004, e a compra dos
submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha.
- e foram as vigarices de Isaltino Morais, que
nunca mais é preso.
- a que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN
e do BPP, as parcerias público-privadas 16 e mais um rol interminável de crimes
que depauperaram o erário público. Todos estes negócios e privilégios
concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do
povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por
que hoje passamos.
Enquanto isto, os portugueses têm vivido
muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas
possibilidades.
Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos
pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos
privilégios que nos arruínam. Há que renegociar as parcerias público-privadas,
rever os juros da dívida pública, extinguir organismos... Restaure-se um mínimo
de seriedade e poupar-se-ão milhões. Sem penalizar os cidadãos.
Não é, assim, culpando e castigando o povo pelos
erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as
suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à
austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia."
António Costa – Programa “Quadratura do Circulo”
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Nuno: uma história dos nossos dias
Esta é a história de vida de um jovem português, que mudou radicalmente com a morte do pai. Infelizmente tornou-se uma realidade muito presente na sociedade portuguesa, e, em especial, nesta geração.
Muitos dos nossos filhos irão ficar bastante mal com a nossa ausência!
Será o fim do sonho de abundância, que ficticiamente a CEE e particularmente a Zona Euro, através da banca, induziu na sociedade liberal que criou.
O problema é que Portugal está cheio de Nunos e...todos nós conhecemos alguns.
UM SEMESTRE BASTOU PARA FURAR AS CONTAS AO NUNO...!
Nuno vivia com o pai, reformado da Tabaqueira.
Abandonou no 2º ano, o curso de Química após a morte da mãe, professora reformada.
Foi trabalhar para os serviços externos num laboratório de análises clínicas, e ficou a ganhar 650 euros.
Viviam numa vivenda alugada pelos pais por 450 euros no Algueirão e o pai tinha de reforma, já com o complemento da mãe, 1800 euros mensais.
Nuno não pagava nada em casa. Os gastos da casa em alimentação, energia, água, audio-visual, limpeza e tratamento de roupa eram suportados voluntariamente pelo pai.
A totalidade dos 650 euros do seu salário, estava destinado às suas despesas extras mensais: almoços (200 euros), carro e gasolina (120 euros), telemóvel e internet (30 euros), tabaco e café (75 euros), futebol (50 euros), bares, discotecas, festas e concertos (120 euros).
Nuno teve uma infância feliz! Apesar dos pais não serem ricos, proporcionaram-lhe condições de vida da chamada classe média, quer nos estudos e nas férias, quer na mesada para os gastos.
Foi assim na infância, na adolescência e até aos 28 anos de idade. Mas o pai faleceu em Outubro do ano passado com um ataque cardíaco.
O pai tinha algumas poupanças e o Nuno após o funeral, comprou um Fiat Brava Novinho em folha e foi 2 semanas com a namorada para umas férias de sonho, “bem merecidas”, para a República Dominicana.
Quando regressaram, Lina, a namorada, de 24 anos como ia tirar o curso de “relações internacionais”, mudou-se com armas e bagagens para a vivenda do Algueirão!
Em Janeiro passado, a senhoria informou-o da actualização da renda, que tinha de passar para os 600 euros e o Nuno teve de ir alugar uma casa de 2 quartos, num 3 andar de um prédio modesto, no casal de Sº. Brás, por 300 euros e levar consigo a namorada!
Em Março, para além da renda, tinha na caixa do correio a facturas da luz com 80 euros, da água com 17 euros, do gás com 12 euros e mais 42 euros da TV cabo.
Nunca lhe tinha passado pela cabeça que estes serviços eram pagos...ai que saudades que ele tem, daquelas meias horas debaixo do chuveiro, na casa do pai, com água bem quentinha!
Prestes a fazer 29 anos e com a memória ainda cheia de 28 anos de boa vida, que se diga de passagem que já ninguém lhe tira, o Nuno é confrontado pela primeira vez na sua vida que no dia 23 de Março, quando ainda faltavam 7 dias para o final do mês, não tinha dinheiro suficiente nem para a gasolina nem para comer. Nem queria acreditar, até chegou a admitir que tinha sido vítima de algum roubo.
A escassez e a falta de dinheiro, e a boa vida a esfumar-se, originou as discussões na união quase de facto. A Lina, teve de optar entre o confortável quarto da casa da mãe com toda a assistência incluída ou a vida abarracada que lhe proporcionava o namorado. Claro que grande parva que ela era se ficasse a viver numa casa onde a única coisa abundante no frigorífico era o gelo!
Nuno fica sozinho e começa a meditar..."como era possível viver sem fumar (10 maços por mês), sem beber café (60 cafés por mês), sem ir de carro para o trabalho (60 litros por mês), sem ir ao futebol (2 vezes por mês), sem internet e sem telemóvel, sem TV Cabo, sem ir beber umas bejekas para o "bairro" às sextas-feiras?"
Como podia passar a vida a ver como consegue esticar os 650 euros de salário só para o aluguer de casa, alimentação, agua, gás e luz? Ainda por cima a ter de fazer as contas à vida sempre que vai ao supermercado adquirir os alimentos... que saudades tem daquela cataplana de marisco que o pai fazia soberbamente!
A poupança que os pais fizeram tão zelosamente foi-se... a espaçosa casa com jardim foi-se... o orçamento familiar suportado com a razoável reforma do pai foi-se...
A namorada foi-se... longe de isso lhe equilibrar as contas, limita-se a adiar o agravamento das dívidas!
A namorada foi-se... longe de isso lhe equilibrar as contas, limita-se a adiar o agravamento das dívidas!
Como num semestre a vida do Nuno ficou esburacada pela realidade da vida!
Nuno não é duma geração rasca. A vida actual da sua geração é que o enrascou!
Nuno não é duma geração rasca. A vida actual da sua geração é que o enrascou!
Quando a super protecção dá este resultado, há necessidade de deixar os filhos dar um trambolhão, para ficarem a saber o que custa levantar-se. O exemplo está aqui, o que pode mudar num semestre!
Fonte: Revista Visão de 9/4/2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
25 Abril! Adeus conquistas…
Com a crise instalada na saúde, na educação, no emprego,
na segurança e na justiça, com as sanguessugas na banca, nos seguros e nos
impostos, o que nos resta?
Diz-se que os subsídios de natal e de férias só voltarão em 2015, e aos
bochechos.
Está na cara que a política deste governo é mesmo esta: a de acabar com
tudo que cheire a subsídios: de natal, de férias, de desemprego, de natalidade,
de morte, de invalidez, de acidente de trabalho, de doença, you name it.
Coelho, Portas, Gaspar e Companhia querem acabar com o Estado Social e
substituí-lo pela Caridadezinha.
Vamos voltar aos tempos em que cada família, da pequena burguesia para
cima, tinha, pelo menos, um pobrezinho de estimação.
Dava-se esmola àquele pobre e ficávamos com o problema da solidariedade social
resolvida.
Quanto aos subsídios, ou à falta deles, claro que a culpa é dos sindicatos.
Quando discutiram os sucessivos acordos colectivos, os sindicatos deviam
ter lutado pela extinção dos subsídios para os incorporar nos ordenados
mensais.
Acabavam-se com as tretas dos subsídios, cuja designação cheira logo a
favorzinho que nos fazem.
Subsídio é uma ajuda, um auxílio, um contributo. Se nos dão esse subsídio,
também o podem tirar… e foi o que aconteceu agora.
E depois, em 2015 (segundo a última versão do Coelho), vão ser bonzinhos e
voltam a conceder-nos o privilégio de recebermos os subsídios, mas às
pinguinhas.
Resta saber o valor dessas pinguinhas…
Acabaremos por voltar a receber os subsídios por inteiro lá para 2025, se
não houver outra crise e levarmos com outra “tróica” em cima…
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