Toda a gente fala da liberdade, uns
mais, outros menos. Desde a liberdade de expressão, à de sermos livres para
irmos onde quisermos e de sermos independentes.
Nos dias de hoje, a liberdade é muitas
vezes entendida como o de sermos independentes. Para os jovens, a liberdade é
um conceito completamente diferente da do que era para os pais ou para os avós.
Comparando os nossos dias com os de há cinquenta anos, por podemos falar à
vontade sobre o que quisermos, seja na rua, no café ou em casa. Não temos medo
de dizer o que pensamos e muitas vezes de agir contra as regras impostas pela
sociedade.
A questão é: será que somos mesmo mais
livres? Mesmo falando de todos os temas, quer seja a nível nacional ou
internacional, teremos mesma essa liberdade?
Dado que vivemos cada vez mais agarrados
às redes sociais, vivemos num mundo em constante comunicação, não
conseguimos desligar-nos, pois se o fizermos, pensamos perder as actualizações.
Afinal, vivemos prisioneiros… das redes
sociais? Pensando bem, levamos todo o tempo a ser bombardeados com informações
as quais não nos dizem respeito e que nem nos interessam?
Anúncios de produtos que não nos fazem
falta, as notícias são-nos impingidas feitas à velocidade da luz,
tau-tau-tau-tau-tau, umas atrás das outras, nem há tempo para processar aquilo
que nos é dito.
Já vem tudo pensado e “mastigado”, os “média”
dão-nos informações manipuladas e só sabemos aquilo que eles acham que devemos
saber, não a verdade. Mas que verdade? Nem sabemos onde está a verdade e
começam as mentiras, em especial as políticas.
Se alguém muito conhecido, actor,
comentador ou um “doutor” diz que camarões cozidos fazem melhor à saúde que um
bife grelhado, os crentes vão logo experimentar, porque os “outros” é que
sabem…
É claro que há sempre quem pense pela
sua própria cabecinha e não se deixam manipular, mas infelizmente a maioria
aceita tudo com um sorriso e acenam afirmativamente “engolindo” tudo o que lhes
impingem….
Então, até que ponto somos livres? Se há
pessoas que vivem “amarradas” atrás de um ecrã, seguindo as modas do momento,
por vezes cegamente, e se o pensamento é influenciado sem darem por isso, onde
está a liberdade?
Podemos ser livres de pensar o que
quisermos, só que não sobre o que queremos, e sim sobre o que nos dizem para
pensar.
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