Não tenho a mania
das doenças, mas o que é facto é que de vez em quando, sentia um mau estar, com
o coração acelerado, que parecia querer saltar-me do peito.
Queixei-me à médica
de clinica geral, que me mandou fazer um electrocardiograma.
O técnico depois de
terminar o exame, garantiu-me que estava tudo bem, o que foi depois confirmado
pela médica ao observar a papeleta do exame. Fiquei descansada e pensei que seria mania minha.
Porém, de vez em
quando e sem razão aparente, lá sentia aquela desagradável sensação de agonia e
de que o coração parecia querer saltar do peito.
Um mês depois, insisti com a
médica que algo não estava bem. De certeza! Pedi para fazer um exame com prova
de esforço (às vezes parece que temos de ensinar os médicos a fazer o seu
trabalho)
Novo
electrocardiograma marcado e que me obrigou a correr na passadeira, sob o olhar do
cardiologista e, afinal, chegaram à conclusão que o problema está mesmo no coração
e não na minha cabecinha: desta vez foi o médico cardiologista que me disse que
tenho um "não-sei-o-quê supraventricular", uma doença congénita,
felizmente benigna, que provoca arritmias cardíacas e que levam o meu
coraçãozito a bater acima das 200 pulsações, assim de repente, vindo do nada,
causando-me a pior sensação do mundo.
Depois, foi-me tudo
explicado com mais calma e o que se passa, é ao nível dos componentes
eléctricos do coração, na condução dos sinais e sangue durante as batidas.
Existem 2 caminhos
de condução, o organismo normal usa apenas um. Eu, de vez em quando, “lembro-me”
de usar os dois e então acontecem as tais 200 batidinhas assim de repente, e,
em linguagem leiga, foi isto que percebi.
Deram-me uma
medicação fraca para começar, na tentativa de controlar a situação.
Estou mais
descansada por saber que não é nada de muito grave, mas ainda não me habituei à
ideia de ter estas acelerações inesperadas, que surgem tão de repente e que me
deixavam assustada e que agora posso controlar com os tais comprimidos.
Mas o coração,
nesta caso, no sentido exacto da palavra, às vezes prega-nos cada susto…
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