Vista de Lisboa (do Miradouro da Senhora do Monte)
Agora nas
férias, decidi dar uma voltinha de eléctrico por Lisboa, para matar saudades
das ruas e ruelas que habitam na minha memória e que tantas saudades tenho.
Para
conhecer melhor Lisboa, é imprescindível andar a pé pelo bairros típicos, como
Alfama ou Bairro Alto ou então, apanhar um eléctrico, que costuma percorrer as
zonas mais tradicionais.
O ideal mesmo é apanhar o eléctrico, o nº 28, é conhecido pelo
“eléctrico dos turistas” ou o “Amarelo”, como carinhosamente os residentes lhe
chamam e que serve todos aqueles que precisarem dele, incluindo os moradores
das colinas que o usam, devido à forte inclinação das ruas, e que se torna numa
ajuda preciosa, principalmente para os mais idosos.
Castelo de S. Jorge - Lisboa
E assim, não
há nada como sermos turistas no nosso país e apreciar, das janelas deste pitoresco meio de transporte, todo
o património histórico e natural que Lisboa tem para oferecer, desde a
imponente Basílica da Estrela, até ao monumental Castelo de São Jorge, na zona medieval da capital
Infelizmente os “amarelos” andam quase sempre atrasados, depois
de uma desesperante espera, lá chegam aos dois e três ao mesmo tempo. Descobri
depois a razão: devido à falta de respeito de muitos dos condutores de veículos
particulares, que os deixam parados em cima da linha, enquanto vão tratar de
assuntos, não se importando que ali fiquem dezenas de pessoas dentro do
eléctrico, à espera que “suas excelências” tratem dos seus assuntos comodamente
de carrinho à porta…
Mosteiro de São Vicente de Fora - Lisboa
Mas, saindo do Martim Moniz, o 28 dirige-se ao bairro da Graça,
na direcção do Mosteiro de São Vicente
de Fora, que merece uma visita pela sua imponência.
Por detrás do mosteiro, fica o Campo de Santa Clara, onde
às terças e sábados há um mercado, a Feira da Ladra, onde tudo se compra e
vende.
Rua Augusta (Baixa Pombalina) - Lisboa
O eléctrico
continua por Alfama, passando por algumas das ruas e praças mais pitorescas da
zona medieval de Lisboa, como a Rua das Escolas Gerais, o Largo das Portas do
Sol, um belo miradouro sobre o rio, e mais acima o Castelo de São Jorge.
Descendo em direcção à Baixa, o 28 passa pela Catedral de Lisboa, de fachada
românica austera, e pela Igreja de Santo António, o santo predilecto da cidade.
Continuando a descer pela movimentada Rua da Conceição, vale a pena sair na Baixa Pombalina, projectada pelo
Marquês de Pombal depois do terramoto de 1755.
Café "A Brasileira" - Lisboa (Estátua de Fernando Pessoa)
O eléctrico sobe a elegante colina do Chiado, parando
quase em frente do famoso Café, "A Brasileira", onde a estátua do poeta Fernando
Pessoa parece que espera por companhia...
Ao longo de todo o percurso vale a pena prestar atenção à
arquitectura dos edifícios, aos azulejos que forram as fachadas e os frisos de
estilo Arte Nova.
Assembleia da República - Lisboa
A caminho para a Estrela, podemos admirar o edifício da Assembleia da República, no alto da sua
grande escadaria, que foi o antigo convento de São Bento, e que é um dos mais importantes órgãos
de soberania nacional.
Dado que o "eléctrico 28"
percorre um dos trajectos mais turísticos da cidade, é palco para muitos
carteiristas e amigos do alheio, que funcionam muitas vezes aos pares, ou como um inofencivo casal. Por isso,
muita atenção e fique especialmente atento aos seus pertences.
Compreende
agora porque este eléctrico é conhecido pelo “eléctrico dos turistas”?
Bom passeio!!
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