De vez em quando tenho insónias... esta noite tive...
Noites de insónia são noites brancas, em que não durmo porque a cabeça está
a mil rotações e não há (quase) nada que a faça parar.
Noites quentes ou frias
em que me recuso inconscientemente a cair no mundo dos sonhos.
Noites em que o
sono simplesmente não me quer como companhia... Não há filme, música ou seja o
que for que me consiga embalar, por mais que eu o queira ou precise...
Olho mais uma vez para o relógio... parece que o tempo é meu inimigo! Não
concordo com a definição ou ritmo que ele me apresenta.
Há dias em que passa
depressa demais, e há outros em que parece não passar de todo. Foi-se o sono...
se é que aqui esteve.
Às vezes interrogo-me se haverá algo ou alguém que conheça esta sensação e
a possa dividir comigo... será isso possível? E, será que o quero? Logo,
ninguém me poderá ajudar a afastar o peso das horas.
Procuro algo ou alguém, num cantinho do meu pensamento, que torne as horas
mais leves, mas o peso está em mim, não está em mais ninguém, logo ninguém me poderá ajudar a afastar o peso das horas,
porque está nos pensamentos inoportunos que afloram o meu
cérebro, sem que consiga afastá-los.
Não conto com ninguém, não espero nada... e sei que se não for eu a moldar
o "meu" tempo, mais ninguém o fará. Não me deposito nas mãos de
ninguém, porque o meu destino não é de ninguém, sou eu a sua única interessada.
Afinal nem desgosto totalmente da fluidez e da imprevisibilidade do tempo…
E o sono que não vem... de olhos fechados, vejo mil cenas
em velocidade acelerada... o descanso que me é tão necessário, está mais uma
vez adiado... mas também, muitas vezes, o acto de dormir é sobrevalorizado, e
se queremos viver e sentir, algo tem de ser posto em segundo plano. O que fazer
ao tempo hoje?
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