sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Comer na China...


Acabaram-se as festas e, de papo cheio de tantos manjares natalícios, tento escolher refeições mais ligeiras.
Ando cheia de preguiça para cozinhar, mas basta descer a rua e encontrar uma montra cheia de petiscos e escolher e o que mais me agrade e levar para casa ou comer ali mesmo.
Comer aqui em Hong Kong (China) não é uma tarefa muito difícil, principalmente porque existe uma infinidade de pratos para todos os gostos e também há restaurantes de várias nacionalidades.
Muitos estrangeiros queixam-se que não sabem como comunicar para pedir uma refeição e que lhes expliquem quais os ingredientes que cada prato contém, acabando por escolher tudo através de imagens ou observando o que outros estão a comer.
O problema é que os formatos, texturas, aromas e ingredientes, sào muito diferentes daquilo a que os ocidentais estão habituados e porque trazemos ao nosso cérebro, referências que criamos em experiências que já tivemos nos nossos hábitos alimentares. Isso acaba por gerar algumas frustrações e experiências novas, nem sempre agradáveis, especialmente na China.
Aconteceu um episódio comigo e com uma colega, quando fomos passear a Shanghai no ano passado que mostra bem a surpresa das diferenças gastronómicas da China em confronto com o nosso imaginário.
Estávamos numa galeria em Yuyuan, (Shangai) e vimos muitas pessoas com um pão, recheado com um liquido, que se bebia através de um canudinho, uma coisa esquisita e muito diferente de tudo o que tinhamos visto até ali. Eram tantas as pessoas que compravam aquilo, e pareciam tão deliciadas a saborear, que decidimos experimentar também.
Na nossa cabeça, aquela imagem seria a de um consomé quentinho de carne e talvez apimentado (porque aqui é tudo apimentado), mas afinal aquele líquido, era BANHA de porco derretida! Arghhhh!!!
Bebemos apenas um golinho mas cuspimos enojadas com o sabor. Foi o suficiente para ficarmos enjoadas e com aquele gosto a sebo na boca, o dia todo.
O que nos animou depois, foi andarmos às compras o resto do dia, porque de facto é uma experiência única, fazer compras em Shanghai e acabámos por “alimentar” a alma, com o nosso lado consumista.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Adeus 2012



A noite do réveillon deste ano de 2012, é o momento ideal para se pensar no futuro. Estou muito decidida em pôr em prática algumas ideias para fazer diversas alterações  e apostas na minha vida.
Ter confiança em mim mesmo é fundamental e por isso quero ser ousada, corajosa para mudar o que acho mal e ter uma nova oportunidade para me desvencilhar de tudo o que agora seguro e que não me sinto capaz de continuar a segurar…
Por isso meus amigos, no início de 2013, quero que nasça também em mim, um mais forte sentimento de confiança, capacidade e convicção.
É um ano novinho, a estrear, será um ano para tomar decisões, agir de forma correcta e saudável!
A todos, desejo a mesma força e coragem para mudar o que está errado e começar de novo…

Um brinde a 2013!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

DIA DE NATAL


Hoje é dia de ser bom! É dia de passar a mão pelo rosto das crianças, de falar e de ouvir com mavioso tom, de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros. coitadinhos. nos que padecem, de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria, de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem, de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal. É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse, numa toada doce, de violas e banjos, que entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes, a voz do locutor anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates, com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica, cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates, as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito, ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito, como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento. Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento e compra. louvado seja o Senhor!. o que nunca tinha pensado comprar.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa, a sua comoção é tanta, tanta, tanta, que nem dorme serena. Cada menino, abre um olhinho, na noite incerta, para ver se a aurora, já está desperta.
De manhãzinha, salta da cama, corre à cozinha mesmo em pijama.
Ah!!!!!!!!!!
Na branda macieza da matutina luz aguarda-o a surpresa do Menino Jesus.
Jesus! O doce Jesus, o mesmo que nasceu na manjedoura, veio pôr no sapatinho
do Pedrinho uma metralhadora.
Que alegria reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas, fuzilava tudo com devastadoras rajadas e obrigava as criadas a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá. Já está! E fazia-as erguer para de novo matá-las. E até mesmo a mamã e o sisudo papá fingiam que caíam crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal, Dia de Amor, de Paz, de Felicidade, de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.
António Gedeão

domingo, 23 de dezembro de 2012

Feliz Natal 2012!




Natal...
É o mês de confraternização de agradecimento pela vida
Bênçãos ao filho de DEUS
União, amor, reflexão!

Que o bom velhinho traga um saco cheinho de paz,
harmonia, fraternidade
Que o gesto de ternura se estenda de várias mãos
Que ao som dos sinos
O amor exploda em toda direcção!

FELIZ NATAL!

Nesta data tão especial, onde mais uma vez se comemora o renascimento doe Cristo,
deixe que as luzes dos seus sentimentos mais nobres reflitam a generosidade do seu coração, onde a paz é a soberana, e o amor é UNIVERSAL!



A vocês, família e amigos, os meus melhores 'presentes', apesar de muito longe, tenho-vos no coração e pensamento. A todos desejo que:

Tenham um Feliz Natal!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Está a chegar o Natal...

A pouco mais de uma semana do Natal, e depois de uma tarde inteira à procura dos presentes ideais, estou quase a encerrar a época de compras natalícias.
Com as lojas plenas de tentações, promoções e novidades, a carteira passa todo um tempo num perfeito vómito de largar notas, mas chegamos a casa carregados de sacos, com uma valente dor de pernas/pés/costas e só apetece dizer "Aiii...estou tão cansada...de fazer compras"!!! (o meu lado fútil sempre quis dizer isto!!! Shame on me!).
Percorro várias ruas, que cortam a Nathan Road e encontro finalmente a Jordan Road, ela difere das outras por ser uma avenida muito maior e mais larga e é lá que encontro as tendinhas de bugigangas a preços acessíveis, mas primeiro têm de ser muito discutidos.
Descendo na estação do Metro em de Kowloo, e caminhando pelo eixo oeste-leste, há algumas ruas menores que a cruzam.
Pois aí há diversos e infinitos mercados nocturnos, que vendem de tudo, tudo mesmo, fazem a alegria dos locais e dos turistas, sendo o mais famoso deles, na Temple Street.
E aqui estão, colares para todos os gostos e bolsas. De jade ou simples emitação, há também pequenos espelhos de mala de senhora, porta-chaves da sorte, enfim, pequenos mimos que fazem a admiração e a alegria de quem os desembrulha na noite em que se quer alegre e partilhada. 
Sabem sempre tão bem as compras natalícias! Apanhar encontrões nas ruas, apinhadas de gente entusiasta na maratona das prendas ideais, enfrentar constantes filinhas nas caixas das lojas, enquanto aguardamos a nossa vez, olho desconfiada para os artigos e penso com a maldita dúvida: "será que vai gostar?", o entrar e sair das lojas de mãos a abanar, o encontrar da prenda ideal (ainda que esta seja uma gravata com arabescos ou às pintinhas), o escolher do papel de embrulho, e o regresso a casa a cantar/gritar Linkin Park.

É isto o Natal: sorrisos mesmo para os desconhecidos, momentos especiais em que pensamos nas pessoas que para nós são especiais, música no ar e prendas no sapatinho.
FELIZ NATAL!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Inteligência Artificial

Cada vez mais o mercado vai lançando produtos mais e mais sofisticados para facilitar a vida do ser humano. Temos o exemplo do lançamento do modelo Galaxy S, III é o mais inteligente dos smartphones... este aparelho traz recurso que "adivinha" rostos em fotos, exibe vídeos em modo PIP enquanto usuário escreve e-mail e alerta usuário sobre chamadas perdidas, bla, bla, bla...
Isto para não falar em carros inteligentes, casas inteligentes e uma infinidade de inteligências inventadas para servir o ser humano. Porque será que estamos a perder terreno nesta matéria? Evolução? Mas por este andar o homem perderá a capacidade de pensar...
Assusta-me pensar que cada vez mais ficamos dependentes da inteligência artificial. Não é por acaso que vários realizadores têm feito filmes a alertar, que um dia os robôs podem vir a ser "donos" do ser humano, pois por este caminho, nem precisam de pensar para elaborar qualquer trabalho, as máquinas passam a fazer tudo!
Talvez por isso, há tanto desemprego, máquinas robotizadas, fazem bem o trabalho do homem melhor que ele próprio.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

As palavras e as flores

A alma humana é como a água: ela vem do Céu e volta para o Céu, e depois retorna à Terra, num eterno ir e vir...

... porque quando as palavras fogem
as flores falam.

Há um beijo em cada palavra
que deixo cair ao chão.

Palavras molhadas

como o orvalho de verão,
palavra soltas de amor
que já não cabem na minha boca.

Há na minha voz algo mais
do que sons que insistem

em sair da garganta.

talvez um rio de violetas
olhando para ti a sorrir.