Hoje é um dia dedicado a África, que é celebrado anualmente a 25 de Maio. A
União Africana tem sido o motor do desenvolvimento de uma série de instituições
regionais, incluindo o Parlamento Pan-Africano, o Conselho de paz e segurança e
programas como uma nova estratégia de cooperação para o desenvolvimento
africano (NEPAD).
No entanto, esta explosão de vida e beleza coexiste com o sofrimento que
causam a pobreza, doenças, insegurança alimentar, subdesenvolvimento e conflitos
armados.
Aqui fica através de belas fotografias, a minha homenagem, plena de admiração e carinho pelo povo africano, onde a beleza não tem palavras, e não pode ser vista apenas com os olhos, mas através do coração.
Todos desejam que a África venha a consolidar os valores
de uma paz duradoura, respeito pelos direitos humanos, a boa gestão dos
assuntos públicos e um desenvolvimento sustentável.
A beleza da terra e das suas gentes, fazem-nos desejar que um dia seja um
país realmente livre de todos os males
que agora o afligem. Eles bem o merecem, pelo sofrimento que têm padecido ao
longo de séculos, devido à ganância, inveja e mesquinhez de outros povos.
Ela tem a inocência negra dos amantes, os olhos
verdes de algo mais feroz que o próprio sexo, com o fogo acompanhar o seu
espírito. A sua alma de marfim está escondida sob a máscara de ébano…
Ó mãe África… de contrastes, de fartura de fome, de
iniquidades… ouve os gritos de suplício dos teus filhos e afaga o coração dos
que sofrem. Leva-os para o mundo da fantasia, onde os sonhos ainda podem viver.
Chegas, sóbria e sombria
E desocupas em mim
A tua própria sombra.
Agora és a minha própria voz;
Nenhum silêncio nos pode calar.
Falas e acabas a tempo
E eu escuto-te, apenas quando me lembro.
(Mia Couto)
Tudo o que tenho não tem posse:
o rio e as suas ocultas fontes,
A nuvem grávida de Novembro,
O desaguar de um rio em tua boca.
Só me pertence o que não abraço.
Eis como eterno me condeno:
Amo o que não tem despedida!
(Mia Couto)